Com apoio do Consórcio Santa Quitéria, municípios do Ceará recebem projeto de desenvolvimento de adolescentes e valorização da história do país 

Nesta quinta-feira (9), as aulas inaugurais para os professores em Santa Quitéria e Itatira marcam o lançamento do projeto no estado. Alunos e professores melhores avaliados farão um intercâmbio de 10 dias em Portugal 

Começa nesta quinta-feira (9) a primeira etapa do projeto “Era Uma Vez… Brasil”, que vai levar mais de 110 estudantes e professores de diversas partes do país para um intercâmbio em Portugal. Com o patrocínio da Galvani, empresa que faz parte do Consórcio Santa Quitéria, e apoio das prefeituras de Santa Quitéria e Itatira, a iniciativa chega ao Ceará para contemplar todos os alunos do 8º ano e professores de História da rede pública de ensino dos dois municípios. O programa, realizado pela Origem Produções com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, pelo Ministério da Cultura, Governo Federal, acontece desde 2016 nos estados da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.  

Originalmente baseado na obra 1808, de Laurentino Gomes, quatro vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura e pela Academia Brasileira de Letras, “Era uma vez… Brasil”, em sua essência, estimula o apreço e valorização da cultura nacional junto a estudantes e educadores pertencentes à rede pública de ensino, por meio do contato com diferentes linguagens artísticas e culturais. A ação foi pensada para promover imersões que oportunizam aos participantes o aprofundamento da aprendizagem acerca da história brasileira,  por meio do conhecimento teórico e o empírico, proporcionado pela experiência. 

“Selecionamos o Era Uma Vez… Brasil para Santa Quitéria e Itatira após muitas conversas com as comunidades, entidades e poderes públicos locais. Vimos uma grande oportunidade de valorizar a cultura nacional, local e educação formal por meio de um projeto que tem esse tipo de tradição. A iniciativa está em sua 7ª edição e, ao longo de sua trajetória, estimulou os participantes à reflexão a respeito de aspectos relevantes para a construção do nosso país. Viabilizar esse tipo de proposta, que instiga a curiosidade e o pensamento crítico, é uma forma efetiva de fortalecer o futuro das localidades contempladas. ”, diz Giovana Porteiro, gerente de Responsabilidade Social Corporativa e Comunicação da Galvani. 

“Nosso foco é valorizar a perspectiva dos povos indígenas e africanos na formação identitária histórica e cultural do Brasil, exaltando a ancestralidade, diversidade, pluralidade, multiplicidade e trabalhando conceitos importantíssimos como antirracismo, afrocentricidade, indigenismo e ecossocialismo em todas as etapas do projeto”, destaca Marici Vila, diretora executiva da Origem Produções, empresa idealizadora do “Era Uma Vez…Brasil”. 

Evolução do projeto ao longo do ano letivo 

Em 2023, o tema do projeto é “Mais do que o Ipiranga: As independências de outros ‘Brasis’”, com a proposta de lançar luzes a pessoas e narrativas negligenciadas pela historiografia nacional. Serão abordadas e reconhecidas as figuras femininas, negras e indígenas que lutaram pela emancipação do Brasil, em suas mais variadas regiões. As atividades acontecem ao longo de 12 meses, em quatro etapas de desenvolvimento e seleção. A primeira delas, que ocorre nessa semana, será uma aula inaugural para professores de História de Santa Quitéria e Itatira, conduzida pelo especialista em ancestralidade e cultura africana Senakpon Fabrice Fidéle K´Poholo, natural da República de Benin (África) e detentor de vasta experiencia em cultura e história afro-brasileira e perspectiva dos povos tradicionais.  

A segunda etapa contempla uma imersão educativa na qual são apresentadas diferentes modalidades de linguagens artísticas para a produção de HQs e registros diversos sobre cultura e história do país. As cem melhores HQs produzidas em todas as regiões participantes serão incluídas no livro “Era uma vez… Brasil”, a ser em escolas e bibliotecas no Brasil e em Portugal. Seus autores seguem para a próxima fase do projeto, o “Campus de arte-educação”. Nos acampamentos instalados nos municípios participantes, durante as férias de julho, os jovens irão participar de oficinas de interpretação, roteiro, som e fotografia, que resultarão em filmes curtas-metragens sobre o aprendizado que tiveram durante todas as etapas.  

Na terceira fase, os estudantes e professores mais bem avaliados são selecionados para participar de um intercâmbio cultural de 10 dias em Portugal, programado para novembro e totalmente custeado pelo projeto. Para Santa Quitéria e Itatira serão 18 vagas de intercâmbio para os alunos e 2 vagas para professores. A rota prevê a visita por locais que marcaram a história do Brasil e seu processo de independência, além de escolas portuguesas para dialogar sobre como a história da colonização é ensinada atualmente em Portugal 

Realizada após o intercâmbio, a quarta e última etapa traz um diálogo direto com a comunidade de cada estudante, compartilhando e multiplicando assim os conhecimentos e a experiência adquiridos durante o projeto. Os participantes serão estimulados a produzir um projeto de intervenção que impacte a sua comunidade do ponto de vista ambiental, político, econômico, social e cultural. 
 

Serviço: 
Formação de professores (1ª etapa) 

Santa Quitéria  

Dia 9 de março às 8 horas 

Local: Auditório da Secretaria Municipal de Educação – Rua Cel. Manoel Alves, 346 – Centro 

Itatira 

Dia 9 de março às 14 horas 

Local: Auditório da Secretaria Municipal de Educação – Rua Antonio Alves Guerra, S/N – Centro  

 
Mais informações sobre as próximas etapas serão divulgadas no decorrer do projeto. 

Sobre o Consórcio Santa Quitéria 

Após a realização de pesquisas e estudos que confirmaram a presença de fosfato (predominante) e urânio na Fazenda Itataia, no Ceará, a Indústrias Nucleares do Brasil – INB formalizou, por meio de licitação, uma parceria com uma empresa privada do setor de fertilizantes. A Galvani ganhou a licitação e ficou responsável pelos investimentos e por desenvolver os processos, a engenharia, os estudos para o licenciamento ambiental, a construção e a montagem do empreendimento do Projeto Santa Quitéria. 

O empreendimento produzirá anualmente de cerca de 1,05 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados, 220 mil toneladas de fosfato bicálcico (usado na nutrição animal) para atendimento da agropecuária no Norte e Nordeste e de 2,3 mil toneladas de concentrado de urânio – que será convertido em hexafluoreto de urânio (UF6) no exterior, retornando ao Brasil para uso na fabricação do combustível para a geração termonuclear de Angra 1, 2 e, futuramente, 3. Contribuirá com o desenvolvimento regional, trazendo benefícios socioeconômicos como a criação de empregos, aumento na renda e oportunidades de negócios em toda a região. Com o empreendimento, serão criados mais de 8 mil postos de trabalho diretos e indiretos durante as obras e cerca de 2.800 na fase de operação. O investimento será de R$ 2,3 bilhões. 

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